quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Homenagem do "Moderninho"

Ainda me lembro daqueles inúmeros finais de semana em que o melhor programa do mundo era passar a semana esperando a sexta para arrumar as malas. Empolgação de criança, aliás, de crianças, pois a cada fim de semana que chegávamos lá era uma comemoração.

Sempre muito bem recebido por todos primos e conhecidos, não tenho como esquecer da alegria e carinho de uma tia muito querida e amada. Sempre alegre e ainda com inúmeros problemas de saúde, sempre nos deixou a vontade e sempre nos proporcionou fins de semana, férias ou simplesmente horas de plena satisfação.

Lembro que nesse tempo recebi o apelido de "Moderninho", confesso que no início eu detestava, mas com o tempo percebi que as pessoas gostavam de mim daquele jeitinho tímido mas falante, cheio de vergonha mas cheio de vontade de brincar, falar, estar.

E sempre estava ela... na praia, na praça, no baile, nos almoços, nas festas, nos jogos, sempre muito presente. E ainda quando vieram os problemas de saúde nada nunca a impediu de se dedicar as pessoas, ainda que às vezes ela mesma dependesse delas.

Querida tia, é triste perder quem amamos, ainda sim é egoísmo ver as pessoas que amamos sofrendo. Sua determinação, seu carinho, seu amor, sua dedicação e sua alegria de viver são a sua marca e isso nunca ninguém tirará de você. Pra nós que ficamos nesse mundo tão conturbado, esperamos ser dignos de fazermos parte dessa família e dar continuidade às nossas vidas com esse sentimento que você nos passou.

Sentiremos saudades do seu sorriso inesquecível, da sua habilidade de reunir a família e de tudo mais. Espero ter sido pelo menos um sobrinho-neto querido e dedicado.Sentirei sua falta e as lágrimas foram apenas aliviar um pouquinho dessa dor da perda, mas o seu sorriso será lembrado por todos nós.

Uma pequena homenagem do "Moderninho"

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ser ou não ser? Eis a questão.


"Só porque um homem olha pro céu a noite,
isso não faz dele um astrônomo"


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Frágil

To me sentindo um pouquinho carente, precisando de carinho, embora esteja tranquilo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Serenata de Amor

"QUEM TEM UM AMOR PLATÔNICO COLOCA O SER AMADO EM UM PEDESTAL. POR ISSO, É NORMAL VOCÊ SE ACHAR MAIS FEIO DO QUE SUA PAIXÃO. UMA DICA: QUEBRE O ESPELHO E OLHE PARA DENTRO DE VOCÊ."

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"Certinho"



Certa vez me perguntaram, "quem é você?" e me vi aflito, tentando responder. Ao mesmo tempo que lembrava dos pontos positivos, lembrava dos negativos e no fundo, não fazia a menor questão de responder. Então, percebi que quem perguntava quem eu era, na verdade, não o precisava saber, pois bastaria ser importante e amado por mim pra perceber quem sou e me conhecer de verdade, e não perguntar.

Então percebi que aquele menino tímido, frágil e limitado em minhas idéias, que era o que eu via em mim, não era exatamente aquilo, mas era simplesmente um modo de me defender daquelas pessoas que eu não queria que fizessem parte da minha vida.

Pois aos verdadeiramente amados, cabia o menino brincalhão, extremamente falante, por vezes inteligente e até um pouco arrogante, por outras apressado e intolerente, mas sempre fiel, companheiro e verdadeiramente confiável e dedicado. Uns diriam certinho, moderninho, metido, excludente e até sem amigos, tão tolinhos...

Acho que as pessoas esqueceram que sentimos com o coração e que tudo vem a partir dele. Ainda que seja muito fácil para um virginiano dar um lugar para tudo em sua vida, como se tudo estivesse em gavetas, não é isso que limita o seu amor pelas pessoas, pelo mundo e pela vida. Não é isso que determina sua incansável atuação, pois o verdadeiro potencial do virgiano se esconde em seus inúmeros pensamentos e ações silenciosas, talvez pela própria e assim verdadeira timidez de fazer sucesso.

E ainda há quem se incomode com o meu jeito "certinho" de ser. Mas é esse o jeito que me faz feliz, é esse o jeito que me faz sentir responsável pela minha própria vida e é com esse jeito que eu conquisto todos os objetivos que lanço.

Então, se espera que eu seja popular, famoso ou extramenente comunicativo, desculpe, procurou o produto errado. Não faço questão alguma de ser produto de uma sociedade de valores distorcidos e não tenho nenhuma vontade de ser algo que esperam de mim nesse sentido. E por último, se eu te perguntei algo é porque eu já sei a resposta, jamais deixaria que alguém respondesse por mim. Ouço e avalio as respostas, mas no fundo, acho que a minha já possui as minhas certezas.

Certinho ou não, cabe a mim definir.

Quanto ao resto do mundo, espero realmente ter no meu caminho pessoas que valham aminha dedicação, seja na amizade, no carinho, no amor ou nas simples conversas infundadas, pois até nesta selecionoquem me acompanha.

Beijos e não me liga! Pois os que realemente me conhecem jamais seriam cobrados por uma ligação e obvialmente  adiantariam, visto que eu encho a boca pra falar "Você não me liga!". PS: Me perdoem as vezes que eu reclamei sem motivo, ainda que poucas tenham sido realmente infundadas, em algumas eu errei.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Incompatível ou simplesmente diferente?



Meu catavento tem dentro o que há do lado de fora
Do teu girassol
Entre o escancaro e o contido,
Eu te pedi sustenido
E você riu bemol
Você só pensa no espaço, Eu exigi duração
Eu sou um gato de subúrbio,
Você é litorânea

Quando eu respeito os sinais vejo você de patins
Vindo na contramão
Mas quando ataco de macho,
Você se faz de capacho
E não quer confusão
Nenhum dos dois se entregam,
Nós não ouvimos conselho
Eu sou você que se vai
No sumidouro do espelho
Eu sou você que se vai
No sumidouro do espelho

Eu sou do Engenho de Dentro e você vive
No vento do Arpoador
Eu tenho um jeito arredio e você é expansiva,
O inseto e a flor
Um torce pra Mia Farrow,
O outro é Woody Allen
Quando assovio uma seresta
Você dança havaiana

Eu vou de tênis e jeans,
Encontro você demais,
Scarpin,
Soiré
Quando o pau quebra na esquina,
Cê ataca de fina e me ofende em inglês
É fuck you, bate bronha
E ninguém mete o bedelho
Você sou eu que me vou
No sumidouro do espelho
Você sou eu que me vou
No sumidouro do espelho

A paz é feita num motel de alma lavada e passada
Pra descobrir logo depois que não serviu pra nada
Nos dias de carnaval
Aumentam os desenganos
Você vai pra Parati e eu pro Cacique de Ramos

Meu catavento tem dentro
O vento escancarado do Arpoador
Teu girassol tem de fora o escondido do Engenho
De Dentro da flor
Eu sinto muita saudade,
Você é contemporânea
Eu penso em tudo quanto faço,
Você é tão espontânea

Sei que um depende do outro só pra ser diferente,
Pra se completar
Sei que um se afasta do outro, No sufoco,
Somente pra se aproximar
Cê tem um jeito verde de ser
E eu sou meio vermelho
Mas os dois juntos se vão
No sumidouro do espelho
Mas os dois juntos se vão
No sumidouro do espelho