quarta-feira, 16 de junho de 2010

Saudade na manhã

Acordo dengoso, devagar
Pedindo carinho
A alguém que o queira dar.

Levanto e começo o dia
Numa saudade que chega de mansinho
E me traz alegria.

Não é tristeza, não é vaidade.
É a sua doce presença
Mais próxima da realidade.

Então sorrio e sigo o caminho
Nessa esperançosa crença
De não estar sozinho.

Te ligo e por segundos me desespero
Numa repentina ansiedade
Mas eu te espero.

Logo sua calma e leveza
Me devolvem a tranqüilidade
E volto a ver sua beleza.

E nesses suspiros desse louco apaixonado,
Que tenta manter a métrica da poesia
Há sempre algo inusitado.

E dando forma ao amor, nessa fantasia,
Vejo que do amor sou formado
E que você me anestesia.

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